Na noite de sexta-feira (22), o presidente da Fundação Catarinense de Esporte (Fesporte), coronel Freibergue do Nascimento, anunciou que a cidade de Lages será a sede dos Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) em 2025. A decisão gerou reações mistas e um clima de tensão política, especialmente no município de Chapecó, que havia apresentado candidatura formal para sediar o evento.
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), expressou surpresa e indignação ao saber da escolha. Em viagem ao Rio Grande do Sul, Rodrigues afirmou que não foi informado previamente sobre a decisão e classificou a atitude do coronel Freibergue como “politiqueira” e irresponsável.
“É um claro ataque a Chapecó e ao Oeste. Fomos os únicos que entregaram no prazo. Estamos fazendo investimentos de mais de R$ 100 milhões para receber os jogos. Não tem sentido e nem legalidade essa decisão”, declarou o prefeito.
Segundo Rodrigues, a candidatura de Chapecó foi apresentada formalmente em setembro do ano passado, com dois anos de antecedência, cumprindo todos os prazos estipulados. Ele também argumenta que a escolha deveria ser feita pelo conselho da Fesporte, o que não teria ocorrido neste caso.
Nos bastidores, a decisão de Freibergue é vista como uma retaliação política, uma vez que João Rodrigues é apontado como potencial candidato ao Governo do Estado em 2026. Além disso, a escolha por Lages também é interpretada como um gesto de apoio à prefeita eleita do município, Carmen Zanotto, que tem forte ligação com o governador de Santa Catarina.
Enquanto o anúncio da nova sede divide opiniões, a expectativa agora é sobre como Chapecó irá reagir oficialmente. O impasse promete novos capítulos, podendo repercutir tanto nos cenários político quanto desportivo de Santa Catarina.
