No dia 29 de abril, uma senhora de 81 anos foi encontrada morta na sala de casa, no bairro Centenário, em Lages, com lesões no rosto, no pescoço e nos dedos. Iniciou-se uma ampla investigação e, quase cinco meses depois, a neta dela foi presa preventivamente e confessou o crime.
A mulher de 30 anos contou à Polícia Civil que matou a avó com mais de 50 facadas por conta de desavenças do cotidiano, como o rompimento de um cano de água. Agora, ela foi denunciada pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) pelo crime de feminicídio contra pessoa idosa, por motivo torpe, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e meio cruel.
A denúncia também cita a inovação artificiosa do lugar para induzir os socorristas e peritos ao erro, afinal a mulher teria limpado a casa e descartado um sofá sujo de sangue com o intuito de confundir as investigações. Esse crime está previsto no artigo 347 do Código Penal.
O Poder Judiciário já recebeu a denúncia, assinada pelo Promotor de Justiça Fabrício Nunes, e a mulher se tornou ré em uma ação penal, que tramita em segredo. O objetivo do MPSC é que ela seja julgada e condenada pelo Tribunal do Júri e que todas a circunstâncias do crime sejam consideradas como causas de aumento de pena.
Relembre o caso:
No dia 29 de abril de 2025, moradores do bairro Centenário, em Lages, foram surpreendidos pela notícia da morte violenta de Ortelina Wolf, 81 anos. A idosa foi encontrada dentro da própria residência, localizada na Rua Paulo Antônio Pereira, com graves ferimentos no rosto e pescoço.
Na ocasião, a Polícia Militar foi acionada e confirmou o homicídio. A cena do crime foi isolada para os trabalhos da Polícia Científica, que realizou o levantamento pericial e encaminhou o corpo ao Instituto Médico Legal (IML). Os exames necroscópicos apontaram a brutalidade da ação criminosa, reforçando a linha de investigação da Polícia Civil.